domingo, 30 de janeiro de 2011

Sudão do Sul: resultados preliminares contabilizam quase 99% a favor da independência

Quase 99% dos sudaneses do sul votaram a favor da independência do Sudão do Sul no referendo de secessão realizado entre os dias 9 e 15 deste mês, segundo os resultados preliminares completos, divulgados neste domingo pela comissão eleitoral do país.


Segundo números publicados no site da comissão eleitoral do Sudão do Sul, depois de apuradas 100% das urnas do Norte e do Sul do país, 98,83% dos votos foram favoráveis à secessão.


Os resultados oficiais serão anunciados ainda neste domingo em uma cerimônia oficial em Juba, capital do Sudão do Sul, na presença de Salva Kiir, presidente da região semiautônoma que finalmente deve se transformar em Estado independente.


Um total de 3,9 milhões de sudaneses originais do sul foram convocados a votar pela independência do país entre os dias 9 e 15 deste mês. As cédulas de votação tinham apenas duas opções: a unidade, representada por duas mãos entrelaçadas, e a separação, representada pela palma de uma mão em sinal de parada.


O referendo é resultado do acordo de paz assinado em 2005 entre o norte e o sul do Sudão, que pôs fim a duas décadas de uma guerra que causou cerca de dois milhões de mortos.


Caso de confirmem os resultados preliminares e seja aprovada a separação, que já era a opção favorita nas pesquisas, no final de julho vencerá o período transitório fixado nos acordos de paz de 2005 e se dará início ao surgimento de uma nova nação, a primeira deste século.


Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Mundo&newsID=a3192223.xml

5 comentários:

  1. Ficou bonito a nova apresentação do RS Livre. O Rio Grande do Sul tem povo. A maioria se sente gaúcho.

    Porém, assim como vocês criticam o MTG pelo fato deles serem maneados, vejo a apresentação do gaúcho, digamos que "pré-nação", apenas como de naureza informativa, afinal o Rio Grande é heterogêneo. Não sei se vocês estão me entendendo...

    O Rio Grande do Sul, embora heteregêneo, é coeso como povo, mas não como "nação". Está tão maneado quanto o MTG. Aqueles que citam a área econômica como fundamento para construção de um país aparentam grandes semelhanças com aqueles que assinaram a paz com o Brasil.

    Enquanto isso o povo canta dois hinos... Como um homem que ama duas mulheres ao mesmo tempo. Não é fácil compreender, uma vez que vai de encontro a própria natureza "positiva" (sim ou não/ a favor ou contra) do gaúcho.

    Bem, no entanto, essa é apenas a minha opinião.

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  2. Olá Max,
    Sugiro que envies o teu comentário ao RS Livre, pois através deste meio que é o blog entendo que podes não chegar ao conhecimento dos responsável pelo respectivo movimento.
    Não sou membro do RS Livre, mas acompanho algumas de suas iniciativas de maneira remota. Ainda assim, concordo totalmente contigo em quanto aos teus comentários.

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  3. Alguém já parou para pensar do porquê do "jeitinho brasileiro"? Primeiramente eu poderia definir o "jeitinho brasileiro" como uma maneira de atender à solicitação de um indivíduo que perdeu de forma justa alguma causa anteriormente. Portanto, este indivíduo recebe uma "segunda chance", o primeiro indivíduo (que venceu a causa) não liga e todos vivem "felizes para sempre" embora à revelia de uma regra.

    O Brasil, ou melhor, os "povos que habitam o Brasil", divergem em idéias e soluções. Até mesmo em alguns blogs freqüentados por diferentes habitantes dos "povos que habitam o Brasil", fica visível as diferenças. E não se trata apenas de 2 opiniões, são 4 ou 5 diferentes idéias que tornam um solução quase que inviável. Isso que a maioria dos blogs não "representam" fielmente os diferentes "povos que habitam o Brasil"...

    Talvez o "jeitinho brasileiro" tenha se originado dessas diferenças. Porém, como o "jeitinho" funciona à revelia de regras, as diferenças aumentam, a corrupção reina e os diferentes grupos que desejam um "jeitinho" para a sua causa tornam-se "causa" dos que desejam poder e perpetuação no poder em meio ao caos.

    Vou citar um exemplo, a Política de Cotas Raciais nas universidades federais. Logo que começou essa discussão, minha posição sempre foi contra. Naquela época eu era um patriota, então resolvi enviar um e-mail para o Ministério da Educação. Minha idéia era a seguinte, como o até então Brasil na minha concepção, não disponibilizava educação pública de qualidade para seus habitantes, que se pudesse, portanto, formalizar uma solução PROVISÓRIA para esse problema, mas que focasse o MÉRITO. Aqui eu vou abrir um parênteses; sempre estudei em escola pública, entrei na universidade sem cursinho assim como muitos dos meus colegas de colégio, inclusive negros. Agora voltando ao texto, eu propus a criação de cursinhos pré-vestibulares públicos, com bons professores e infra-estrutura que atendessem somente às populações carentes que desejassem entrar na universidade através do MÉRITO.

    O e-mail foi respondido. O cidadão que o leu, pediu para que eu o reenviasse para não lembro que instituição. Acontece que eu já havia passado por isso antes, quando tive uma dúvida sobre as Áreas de Preservação Permanente do Código Florestal Brasileiro. Eles também pediram que eu o reenviasse, coisa que eu fiz, mas nunca foi respondido. Portanto, não enviei minha idéia sobre as cotas raciais novamente.

    O governo optou pela solução mais fácil, sem mérito, e seus idealizadores recebem votos até hoje devido a isso, tornando-se inclusive um modelo de se perpetuar no poder. O atual senador José Sarney, o imortal, já prepara uma "sacada" visando novamente o desarmamento, aproveitando-se de um momento de comoção "nacional". A deputada gaúcha Maria do Rosário pretende um política de cotas para homossexuais.

    E assim, manipulando as "minorias" e as diferenças, eles continuam no poder, embora pregando que todos somos iguais, pertencentes à "raça humana".

    E a gauchada? O povo mais "politizado" entre os "povos que habitam o Brasil" está longe disso. Na verdade, acredito que Rio Grande também é refém do atual sistema e em se tratando de uma união com os demais "povos que habitam o Brasil", se não andar conforme a música é capaz de piorar. Continuamos, portanto, coesos como povo, mas cantando dois hinos.

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  4. Não sou gaúcho, mas apoio a idéia do separatismo.

    Também não me sinto brasileiro, mas infelizmente nasci e fui criado no "eixo", se é que vocês me entendem. Aqui existe isto que vocês têm no slogan, aquela mentalidade - a grande falácia do nacionalismo e patriotismo brasileiro - que leva o povo a aceitar sua posição de submisso e "malandro". Aceita abusos e migalhas, vive de assistências e cotas, nunca exige seus direitos e não está nem aí para seus deveres. Realmente, que país é esse?

    Esta mentalidade sempre me enojou. É por isso mesmo que o Brasil sempre será o país do futuro, aquele que não é sério, que nunca vai pra frente. Um país de vagabundos em todas as classes.

    E quem paga as contas? Pois é. Este sentimento é mais forte no Sul, mas muitos, muitos brasileiros também pensam assim. Mas somos a minoria e ignorados. Não temos representantes para exigir um mínimo de civilidade, de seriedade, de dignidade.

    A grande verdade é que sem raízes fortes, cria-se um povo sem identidade e que só reconhece sua pátria quando se fala de futebol, samba, mulher gostosa. Gostam do que vem de fora, nada original acontece porque faz parte da "cultura" de vagabundagem que impera no país.

    Também não canto o hino nacional, mas não posso ser hipócrita e cantar o hino do RS e muito menos o do meu estado. Meu hino quem faz sou eu.

    Porque não se faz um referendo com a população do RS?

    Outra grande dúvida que tenho é quanto à auto-sustentação da nova República. Isto tem que ser muito bem pensado, planejado e executado. Sinto que há um apoio não-declarado de uita gente à esta idéia. Falam que separatismo é ridículo. Estão apenas repetindo, como robôs, a ignorância e as mentiras dos "governantes" brasileiros. Não conhecem nada de História.

    Sinceramente, acho que o RS tem muito pouco a ganhar sendo parte da Federação, e esta muito a perder. Com certeza absoluta não será sem sangue derramado.

    Estou com vocês nesta luta, apesar de lamentar não poder fazer parte dela quando efetivada e finalizada. Pois bem, farei minha parte por aqui.

    Saudações e Respeito aos separatistas, não deixem que calem este ímpeto em nome do "politicamente correto"! Chega de vadiagem nas costas de quem é digno, correto e orgulhoso.

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  5. Obrigado pelas palavras. A luta pela independência não é uma luta únicamente de gaúchos para com o seu Rio Grande. É também a luta de muitos outros não só pela formação de um estado livre, mas também pela justiça.
    Estou totalmente de acordo sobre a idéia do referendo, mas não agora pois a grande parte da população provavelmente desconhece os benefícios da nossa autonômia e a viabilidade do Rio Grande como nação.
    Talvez suportada por uma campanha massiva.. talvez.

    Sobre a tua pergunta relacionada á viabilidade do Rio Grande, aqui podes encontrar mais informações: http://riograndeindependente.blogspot.com/2010/02/breves-reflexoes-sobre-viabilidade-rio.html


    Um abraço e que continues independente, pelo menos na tua personalidade e consciência.

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